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Antônio Erinaldo da Silva
Nasceu na cidade de Rodolfo Fernandes, Rio Grande do Norte, no dia 21 de setembro de 1974. Filho de Francisco Silvino da Silva e Maria Miciana Benta Silva. Aos 4 anos mudou-se com a família para a cidade de Mossoró, RN. É o terceiro filho de um total de cinco filhos do casal.
Saiu de Mossoró aos 18 anos para seguir a sua jornada de vida. Morou e trabalhou em São Paulo, Rio de Janeiro e finalmente Natal, Rio Grande do Norte, onde conheceu a sua esposa Zildalte Ramos de Macêdo.
Conheceu e se interessou pelo teatro de bonecos ao acompanhar a sua esposa Zildalte em seu trabalho de campo para o mestrado e o doutorado pesquisando o teatro de João Redondo do RN. À medida que ia conhecendo este tipo de teatro de bonecos, ia se encantando mais e mais.
Ao conhecer o mestre Francisquinho de Passa e Fica, recebeu deste grande incentivo para aprender a botar bonecos. O mestre Francisquinho passou a ensinar-lhe as falas dos bonecos durante os encontros do trabalho de campo da sua esposa. Meses depois, teve a oportunidade de fazer uma oficina de confecção e manipulação de bonecos com o mestre Felipe de Riachuelo. Assim, começou a botar boneco no ano 2018, mas logo convidou a sua esposa para se juntar a ele dentro da tolda, criando assim o grupo de teatro de bonecos “Os Galantes”.
Confecciona bonecos em umburana e cria passagens priorizando as improvisações. Talvez por ter aprendido com dois mestres da tradição, ele procura manter a identidade deste tipo de teatro utilizando os personagens, loas, improvisações, passagens, forró, etc., conectando a tradição com o contexto atual da sociedade.
Pesquisador: Andreisson Quintela
Antônio Erinaldo
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Francinaldo Moura
Francinaldo da Silva Moura, da cidade de Currais Novos/RN, nascido no ano de 1982.
Ainda na adolescência tive contato com o curso de artes plásticas no final da década de 90 e de lá acabou conhecendo outas vertentes no campo das artes.
No ano de 2005 fui estudar música na Fundação Cultural José Bezerra Gomes.
Neste espaço de cultura transitavam vários artistas onde por lá acontecias discussões sobre vários tipos de arte e inclusive neste dia se falavam em teatro de mamulengo, foi daí que surgiu a proposta de formar o grupo Caçuá de Mamulengos.
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A trajetória com o teatro de bonecos teve diversas conquistas (prêmio do ministério da cultura em 2013, viagens para festivais de teatro de bonecos popular, oficinas por varias cidades do RN e realizações de festivais de bonequeiros do RN).
Além das atividades com o teatro de bonecos, venho desenvolvendo trabalhos nas outras áreas artísticas, como: formação de grupos musicais, realizações de eventos e atuando como produtor cultural no espaço cultural Solar das Artes.
Pesquisador: Andreisson Quintela
Francinaldo Moura
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GENILDO MATEUS PINTO
Nasceu em Macau, Rio Grande do norte, no dia 09 de outubro de 1959. Filho de Djalma Ambrósio pinto e Justina Mateus Pinto, sendo o filho mais novo da família. Radicou-se em natal/RN desde de 1971. Passou grande Parte de sua infância na fazenda, convivendo com as coisas do interior, principalmente a cultura popular, foi de lá que aprendeu a gostar do boi de reis, cantorias, pastoril, teatro de bonecos, convivendo sempre com os brincantes, assim começou a fazer seus bonecos, com: boneca do milho, sabugo, talo da carnaúba, inventava suas histórias baseadas no que ouvia dos brincantes mais velhos. Em Natal/RN, ainda quando jovem adolescente começou a pintar, escrever poemas, mais tarde participou de vários festivais, e em 1979 começou a fazer teatro. Formou-se em Sociologia e Artes Cênicas pela universidade federal do Rio Grande do Norte, hoje é professor do ensino da arte e sociologia.
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Carreira artística começou a trabalhar com teatro incentivado pelas performances dos poemas que encenava em festivais, desde então não parou mais, trabalhando também com programas sociais, políticos, incluindo a pintura, a dramaturgia, roteiros de cinema, a música. No teatro de bonecos teve início em 1988, inspirado por Chico Daniel, onde tive a honra de trabalhar junto com ele para a fundação cultural do município de Natal – capitania das artes, dividindo apresentações, durante um bom período. Viajei para Portugal nos 500 anos do Brasil onde passei um período mostrando a arte de manipular bonecos de luvas- o teatro de João Redondo ou calunga como é conhecido no Rio Grande do norte, participei de vários trabalhos com o SESC, UFRN, sindicatos, escolas públicas e privadas, participou de alguns editais, tanto estadual, como federal, é reconhecido como mestre pelo IPHAN. Em 2022, no mês de setembro vai completar 34 anos como brincante.
Pesquisador: Andreisson Quintela
GENILDO MATEUS
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Mestra Dadi
Maria Ieda da Silva Medeiros
in memoria
04 set 1938 ☆
25 out 2020 †
Filha de Ricardo Alves de Queiroz e Maria Luiza da Silva, na antiga cidade de Flores, hoje Jaçanã. Casada e viúva por duas vezes, teve dezessete filhos, quatro deles criados: Maria de Lourdes, José Ricardo, Francisco das Chagas e João Maria. Calungueira. É assim que Dadi se intitula, se dedicando há mais de uma década a dar vida e voz aos seus bonecos, que se destacam pelas formas, cores e personagens.
Mestra na arte do João Redondo, Dadi tinha 82 anos e “Filha legítima de Jaçanã” também era poeta com forte senso de preservação do meio ambiente e da cultura popular, começou a se interessar pelos bonecos em 2014, quando conheci meu futuro companheiro, mas só começou a brincar aos 50 anos, pois a família não costumava incentivá-la na arte.
Maria Iêda da Silva Medeiros era a única representante mulher na criação e manipulação do João Redondo no Estado, além de nome com prestígio no meio acadêmico universitário, pela versatilidade de sua arte e poesia.
Dadi se mudou aos 16 anos para Carnaúba dos Dantas, porque seu pai já era de lá. Desde então, fincou residência na cidade do Seridó potiguar, porém sem nunca ter estado parada.
A aposentada se destacou no Rio Grande do Norte e também no Brasil por ser uma das mestras do teatro de bonecos, ou “calungo”, ousando praticar uma arte que era feita em sua maioria por homens. “Mamãe fazia boneca de pano e eu fazia as minhas também. Me deu na cabeça de fazer uns bonecos pra botar pra brincar, aí fiz. Eu adoro brincar com aqueles bonecos. Faço de madeira, de pano, de todo jeito”,
Em 2020, a potiguar foi homenageada no 2º Seminário de Teatro de Animação, realizado em Joinville, Santa Catarina. Há alguns anos a UFRN lançou um vídeo e editou o livro de poesia “Flor de Mucambo”. Já o “Dadi Teatro de Bonecos, Memória, Brinquedos e Brincadeiras”, publicado pela Gráfica Manibu no festival Agosto da Alegria, da FJA, foi resultado da dissertação de Graça Cavalcanti.
Mestra Dadi faleceu no dia 25 de janeiro de 2021, aos 82 anos, em Carnaúba dos Dantas.
Pesquisador: Andreisson Quintela
Graça Cavalcante WhatsApp informações sobre Mestra Dad
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Mestre Duda da Boneca
Eduardo Jorge De Souza Freire
Artista multifacetado, poeta, cantador, declamador, dançarino, conhecido como Duda da Boneca.
Entusiasta da cultura popular desde seus primeiros anos de vida quando frequentava as feiras livre no Estado do Rio Grande do Norte, Duda da boneca tem se dedicado à arte de criar e dançar com a boneca desde 2004 quando morava em Campinas/SP.
Há 15 anos realiza o Festival de Cultura Popular de Barra do Cunhaú/RN em seu Espaço Cultural, onde com o objetivo de manter a cultura viva; resgata, apoia e celebra periodicamente o teatro de bonecos.
Além de proprietário e preconizador dos festivais que acontecem desde 2006, no Espaço Cultural de Barra do Cunhau, é um entusiasta e multiplicador do teatro de Bonecos Popular do Nordeste, se tornando membro da APOTB- Associação Potiguar de Teatro de Bonecos.
Participa das programações dos Encontros de Bonecos e Bonequeiros, tanto os que acontecem anualmente pela associação, quanto os encontros que acontecem em vários períodos do ano, promovidos pelos mestres que querem se encontrar mais vezes, quanto os que acontecem em vários estados do Nordeste.
Atualmente é vice-presidente da APOTB, na gestão de 2019 a 2023.
Pesquisador: Andreisson Quintela
Duda da Boneca
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Ricardo Guti
Ricardo Guti é brincante de teatro de bonecos popular desde 1999, atua também como diretor e professor de teatro, compositor e palhaço.
Desde 1987, realiza diversos trabalhos artísticos tendo participado de festivais de teatro e música no Brasil e no mundo.
Em seu trabalho de intérprete e criador tem se aprofundado principalmente nos elementos da cultura popular brasileira, da música, da pesquisa dramatúrgica e da técnica do ator.
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Os resultados dessa trajetória são diversos espetáculos, para adultos e crianças, que já passaram por palco e praças do Brasil, do Chile, da Argentina e da Alemanha.
Membro da Associação Potiguar de Teatro de Bonecos desde 2015, atualmente é professor de teatro do IFRN, oferece oficinas de capacitação e trabalhando na divulgação do seu segundo CD “Música para teatro de bonecos”. Nos últimos anos tem apresentado seus espetáculos “Folguedo Folgado” (espetáculo solo) e “brincadeira de boi” (com a brincante Catarina Calungueira) em escolas e praças públicas, além de participar dos encontros regionais de teatro de bonecos do Rio Grande do Norte.
Pesquisador: Andreisson Quintela
Felipe de Ricardo Guti
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Ronaldo Gomes da Silva
Ronaldo Gomes da Silva nasceu em Currais Novos RN no ano de 1972, Filho de Severino Pedro Fernandes e Terezinha Borges, graduado em letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte é professor da rede pública de ensino
No ano de 1984 viu pela primeira vez uma apresentação de teatro de bonecos, o João Redondo como é conhecido em terras potiguar, o brincante era o saudoso Chico de Daniel, foi um alumbramento que teve com a arte do teatro de boneco.
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Em 1997 montou um espetáculo com um amigo, fizeram algumas apresentações em escolas públicas do município, não durou muito, mas dez anos depois criou o grupo caçuá de Mamulengos que atua até hoje.
Pesquisador: Andreisson Quintela
Ronaldo Gomes
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Zildalte Ramos de Macêdo
Nasceu em Ladário, Mato Grosso do Sul, no dia 04 de abril de 1961. Filha de João Lisbôa de Macêdo e Zilda Ramos de Macêdo, sendo a terceira filha de um total de cinco filhos do casal. Recebeu influência artística pelas mãos e criatividade de sua mãe que organizava peças de teatro, confeccionava bonecas de pano para as brincadeiras infantis, costurava e bordava. Do seu pai herdou a curiosidade e gosto pela pesquisa da cultura popular. Seu pai, é autor de quatro livros editados, sendo o livro “Sopa Paraguaia” o mais famoso em sua região.
Viveu dentro do pantanal sul mato-grossense até os 17 anos, saindo de lá para seguir a sua jornada de vida morando em Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e finalmente em Natal, Rio Grande do Norte, onde conheceu o seu esposo Antônio Erinaldo da Silva e onde reside até hoje.
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Professora efetiva de Artes do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, licenciada em Educação Artística com habilitação em Artes Plásticas, mestra e doutora em Antropologia Social. Teve como objeto de estudo o Teatro de João Redondo do Rio Grande do Norte, quando passou a conhecer, admirar e valorizar esse tipo de manifestação da cultura popular, tendo a oportunidade de conhecer e conviver com diversos mestres do teatro de João Redondo do RN.
Durante o seu trabalho de campo para a pesquisa do doutorado, rendeu-se aos encantos dos bonecos e entrou na tolda a convite de seu esposo que dava seus primeiros passos nesta arte e criaram o grupo “Os Galantes” em 2018. Hoje, confecciona os bonecos, cria as passagens e procura manter os personagens e características que dão identidade ao teatro de João Redondo do RN.
Pesquisador: Andreisson Quintela
Zildalte Macedo
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Mestre Raul do Mamulengo
Francisco de Assis Gomes
Nasceu em São Tome/RN, em 29 de setembro de 1956. Costuma dizer que sua história nesse universo do teatro de João redondo deu início no ano de 2002.
Ainda criança, Mestre do Mamulengo fazia bonecos com piões, improvisava um cenário com a coberta da rede de dormir, esticada no canto da parede, e armava um teatro de bonecos de brincadeira com os colegas.
O artesão lembra que, na época, não possuía os meios que hoje tem para fazer trabalhos com muito luxo e bem-acabados.
O que fazia era pintar o boneco do capitão João Redondo com a flor do mororó, planta que solta uma tinta amarela. Fazia também Baltazar, outro personagem famoso no mamulengo.
O apelido Raul também é dos tempos da infância: aos 12 anos resolveu adotar o nome de um dos homens mais ricos do lugar em que vivia, a cidade de São Tomé (RN).
“Quando éramos pequenos, nós queríamos ser donos de terras, viajar, ser alguém na vida. Eu acreditava que um dia eu ia melhorar de vida, tinha essa fé, daí comecei mudando meu nome”, relembra, ao contar que ele e os amigos se espelhavam em conhecidos que tinham melhores condições. Em sua turma, outro colega chamado Clodemir passou ser Sinésio. Já Francisco Vicente passou a atender por Paulo Gomes.
A sua oficina possui, atualmente, mais de duzentos bonecos construidos, outros com etapas em andamento. Em suas apresentações leva 12 bonecos em sua mala, além de objetos, como a cobra, a burrinha e o Jaraguá, que produzem efeitos especiais para seu variado Público.
Pesquisador: Andreisson Quintela
Mestre Raul, do Mamulengo
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