top of page

 Francisco das Chagas Bezerra do Vale

 Chagas Vale

 

   Nasceu em Luzilândia, norte do Piauí, filho de um barbeiro e uma dona de casa, seu Noé e Dona Ceci. Desde cedo demonstrou grande aptidão para as artes, sendo sempre chamado nas escolas onde estudou para recitar poesias ou cantar em datas festivas e cívicas. Em 1983 mudou-se pata Teresina onde passou a estudar e trabalhar no comércio que abandonou após três anos e dedicou-se até hoje a viver de arte. Seja como arte-educador, gestor, artista ou produtor cultural.

   Chagas Vale é formado em música pela UFPI, tem especialização em História Cultural e atualmente é estudante de Psicanálise da Escola Freudiana de Teresina.

 Enquanto músico, já venceu vários festivais de música, tem dois CDs e um DVD gravados e montou vários shows musicais tais como:  Sertão diverso, Casa de Reboco, Coração de Mamulengo, Terra da Luz, Água de Chocalho, Aboio, conselho de Cantador e Carcará em 1991 que contou com a presença de João do Vale.

272320625_10217625542584988_1268277639870032338_n(1).jpg

 

        Foi gestor público de cultura exercendo o cargo de Diretor de Ação Cultural da Fundação Cultural do Piauí onde criou, coordenou e executou projetos importantes para a cultura do Estado do Piauí, tais como: Festivais, Encontros, Conferências, Fóruns, Oficinas, Cursos etc.

        Tem realizados dezenas de oficinas de teatro de bonecos, e construção de figuras de reisado.

        Produziu e dirigiu vários espetáculos de teatro de bonecos destacando-se os mais importantes: As Aventuras de Cassimiro Coco, Colo de Avó, O Cavaleiro das Águas,  O Meu Boi Morreu?,  O Coelhinho Que Não Queria Ser de Páscoa, O Circo Brasileiro,  Coração de Mamulengo, O Galo de Natal e O Vendedor Ambulante.

          Em 1995, participou de vários festivais e eventos teatrais em Portugal, Espanha, França, Holanda e Alemanha. A partir de 2014 têm participado de festivais em várias cidades da Argentina Tais como: Posadas, Eldorado, Corrientes, Resistência, Mendoza, Azul, San Martin de Los Andes, La Plata e Mar Del Plata. No México participou do Festival Nortíteres em Culiacán no estado de Sinaloa. No Brasil Participou durante várias edições do Festival Internacional de Brasília.

           Organizou em 2004 e 2005 o Festival de Teatro de Bonecos e Formas Animadas do Piauí, e agora organiza o Festival Internacional de Bonecos do Piauí que em 2022 fará sua quarta edição.

Pesquisador: Andreisson Quintela

 

Chagas Vale

 (86) 9 88 78 66 86 WhatsApp

Links das redes sociais Chagas Vale

https://www.instagram.com/chagasvale/

https://www.facebook.com/chagas.vale/about

Links de vídeos Chagas Vale

https://www.youtube.com/watch?v=H_y2UeNSseI

https://www.youtube.com/watch?v=crh_qzY8DAs

https://www.youtube.com/watch?v=zCcoN6FqCCg

https://www.youtube.com/watch?v=ypIKLLn8I-Q

https://www.youtube.com/watch?v=pqDS0_439Qo

https://www.youtube.com/watch?v=W7S6_EK4JeU

https://www.youtube.com/channel/UC_v-JjuLZL78VrQToM2Zqjg

Mestre Afonso

Mestre Afonso Miguel Aguiar

in memoria

1957  ☆ 

2019 †

 

 Natural de Teresina, Piauí. Afonso foi mamulengueiro, bonequeiro, ator, palhaço, cenógrafo, diretor de teatro e educador. Dedicou-se à arte do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste por mais de 40 anos, pelo Brasil e pelo mundo.

    Em 1965 inicia suas atividades com o Teatro no Centro Social Comunitário Noronha Almeida e em 1972 participa do Grupo Raízes. No ano de 1976 Afonso funda o Grupo de Teatro de Bonecos Fantochito, com seu primeiro espetáculo “Brincadeiras de bonecos” que percorre todo o Estado do Piauí, apresentando em praças e feiras, neste mesmo ano começa sua pesquisa em Teatro de Bonecos Popular do Nordeste e o processo de aprendizagem com os mestres da Cultura Popular principalmente em Pernambuco.

Afonso Miguel e boneco velho Zuza.jpg

         Em 1981, em Olinda-PE, participa da organização e realização da oficina de Teatro de Bonecos Mané Gostoso, ministrada por Fernando Augusto Gonçalves, diretor do grupo Mamulengo Só-Riso, neste mesmo ano passa a integrar o grupo Carroça de Mamulengos, dirigido pelo Artista popular Carlos Gomide. No início da década de 1980, Afonso Miguel já brincava com Bastião, um boneco ventríloquo esculpido por Mestre Saúba-PE. Bastião acompanhou Afonso por muitos anos, viajando pelo Brasil e o mundo, contando suas histórias, brincando e fazendo munganga. O boneco foi registrado em vídeo que retrata cenas espontâneas entre amigos e amigas em meados da década 1980 e faz parte do Acervo cinegrafista Roberto Sabóia-PI, grande parceiro de Afonso (disponível no canal Youtube do Mamulengo Água de Cacimba). Até que um dia, Bastião desapareceu junto com todo o material cênico do mestre, em um roubo de carro em Santo André-SP. Depois do ocorrido, Saúba fez outro boneco, o Velho Zuza, que acompanhou Afonso durante o resto de sua vida.

          De 1982 a 1985 integrou o elenco do espetáculo “Festança” do Mamulengo Só-Riso. Durante a Temporada em Olinda, Afonso ministra oficinas de arte educação em escolas e mantém atelier de bonecos na cidade alta. Uma de suas brincadeiras foi registrada pela TV VIVA, produtora que integra o Programa de Comunicação do Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF). Nesse período, conviveu com muitos mestres mamulengueiros em Pernambuco, como Saúba e Solon de Carpina, Mestre Januário de Pombos, Mestre Zé de Vina Glória do Goitá e Mestre Salustiano de Olinda. Na comemoração dos 450 anos da cidade de Olinda (1985) construiu, junto com outros artistas da cidade, a boneca gigante articulada Mãe Olinda. Em 1985 participa do Festival Internacional de Teatro de Bonecos, realizado pela Associação de Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB) em São Luiz do Maranhão, com o espetáculo “Festança” com o Mamulengo Só-Riso.

         Em 1987 volta para Teresina, trabalha como produtor e apresentador do programa “Pulutrica” na TV educativa Antares, que utilizava a linguagem do Teatro de bonecos para a televisão. Em 1990 se estabelece na cidade de Santos-SP, onde realiza apresentações e oficinas de Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, além de integrar projetos de Arte educação na cidade.

          A partir de 1991 inicia sua participação em Festivais internacionais, participou do Festival de Marionetas do Porto em Portugal, Festival internacional de THEATER-FIGURA em Gent na Bélgica e o Festival Itinerante de Circus - Theater na Holanda. De 1992 a 1995 percorre a Europa com seus bonecos e integra a programação dos principais festivais internacionais como TITIRIMUNDI em Segóvia na Espanha, Festival de Teatro de Évora em Portugal, Festival Mundial dês THEATER de MARIONNETTES em Charleville-Mèziéres, na cidade de Ardenia, França. Em suas diversas temporadas na Europa, Afonso animou seu Boneco Gigante Juvenal, que era um Boneco-Palco, que trazia em seu peito uma pequena empanada de Mamulengo.

          Em 1996 retorna ao Brasil e faz apresentações no Sesc Pompéia-SP e ministra oficinas no projeto de férias da Prefeitura de São Paulo. Em 1999 retorna a Europa e passa a integrar os grupos Holandeses itinerantes MOMAD-THEATER e TOTALTHEATER. Apesar da residência fixa na Europa, Afonso sempre manteve contato com o Brasil, passando temporadas em São Paulo, São Vicente, Teresina, Recife, Brasília e Rio de Janeiro, ministrando oficinas e fazendo apresentações de seu Mamulengo Tradicional. Em 2004 participa, como convidado, do Festival de Teatro de Bonecos promovido pela FUNDAC com os espetáculos A Flor do Mamulengo (Mamulengo) e Lua de Papel (Marionetes de Fios). 

            Em 2005 retorna ao Brasil e realiza oficinas de Bonecos Gigantes junto ao MST em São José do Rio Preto (SP) e apresenta o espetáculo A Flor do Mamulengo na exposição “QUE CHITA BACANA” no Sesc Belenzinho (SP). Em 2006 retorna a Teresina e desenvolve oficinas no projeto Circo do Brinquedo Mágico (projeto Escola Aberta apoiada pela Fundação Cultural Monsenhor Chaves) e Participa do FEST SESI em Brasília. Em 2007 ganha o prêmio Mestres da Cultura Popular, concedido pela FUNARTE. No ano de 2008 participa de vários eventos Culturais em Teresina, São Paulo e Brasília e monta o espetáculo infantil O Sapo Severino com texto de Walfrido Salmito e circula pelo estado do Piauí. Em 2009 participou do encontro de Mestres do Mundo em Juazeiro do Norte (CE).

            Ministrou durante anos a Oficina de Teatro do Bonecos e Animação junto ao Ponto de Cultura ABD no Piauí, onde desenvolveu a função de Coordenador do Núcleo de Animação. Integrou o grupo de Gestores Culturais do Piauí e ofereceu oficinas de Cenografia e Teatro de Bonecos junto ao Núcleo de dramaturgia do SESC-PI. Criou o Núcleo de Teatro de Bonecos da escola técnica de Teatro José Gomes Campos em Teresina (PI) realizando a primeira oficina de criação e construção de bonecos na Semana de Artes Cênicas.

           Nos anos 2010, 2011 e 2012 apresentou seu espetáculo A Flor do Mamulengo no Festival Internacional de Bonecos de Brasília. De 2010 a 2014 participou do Encontro de Mamulengos de São Paulo. Participou dos festivais Festival de Teatro Popular de Fortaleza (2014), IV Mostra de Teatro de Bonecos de Teresina (2015), Festival de Teatro Espetaculim (BSB) Festival Internacional de Bonecos do Piauí (2016) e Semana Nacional de Teatro de Teresina (SENTHE - 2017). Em 2015, Afonso foi um dos 45 mestres premiados pelo IPHAN no Prêmio Teatro de Bonecos Popular do Nordeste – Mamulengo, Babau, João Redondo e Cassimiro Coco.

            Sobre o espetáculo A Flor do Mamulengo, Afonso escreve em um de seus releases: “Relembrando as velhas canções do circo e revivendo as brincadeiras dos mestres do sertão, o espetáculo traduz a origem, a tradição e o espírito do Teatro Popular. O palhaço Vitorino anuncia a Flor do Mamulengo e apresenta os bonecos que representam cenas engraçadas do cotidiano da vida humana, excitando a imaginação, sensibilizando pelo lúdico e criando um espaço poético entre o público e o espetáculo. Não há roteiro linear, mas improviso e muito ritmo, o que permite tanto incorporar ao roteiro os mais variados temas, como adaptá-lo de acordo com a faixa etária”. O terno deste espetáculo era composto por bonecos tradicionais do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, esculpidos por Afonso e outros mestres como Saúba e Solon de Carpina-PE e Chico Simões de Olhos Dágua-GO.

             Sobre o espetáculo Lua de Papel, Afonso escreve: “Pequenos seres esculpidos de madeira e manipulados por fios, contam a história de um velho violinista. Fascinam pela semelhança com a figura humana e pela leveza dos movimentos. O cenário tridimensional e a sonorização enriquecem a representação da miniatura- a marionete”. Neste espetáculo, todos os bonecos foram esculpidos por Afonso e trazem uma interessante estética, colocando em evidencia personagens negros, artistas de rua e das Culturas Tradicionais nordestinas.

            A obra artística de Mestre Afonso Miguel Aguiar reúne diferentes linguagens e técnicas do teatro de bonecos: mamulengo, ventriloquia marionetes e bonecos gigantes. Afonso influenciou uma geração de brincantes e formou novos bonequeiros e bonequeiras, mamulengueiras e mamulengueiros. Com o falecimento do Mestre Afonso em 2019, seus bonecos continuam vivos nas mãos de sua filha Mariana Acioli, uma das fundadoras do Mamulengo Água de Cacimba.

 

 

Pesquisador: Andreisson Quintela

 

Mestre Afonso Miguel

 (81) 9 8148 27 28 WhatsApp Mariana Acioli filha de Mestre Afonso

Links de vídeos de Mestre Afonso Miguel

https://www.youtube.com/watch?v=TurPcgCqiag

https://www.youtube.com/shorts/EBNktC1KsTk

https://www.youtube.com/watch?v=Ha0qqQ5bI6o

https://www.youtube.com/watch?v=H_FI7iHwNnQ&t=328s

bottom of page